O sintoma de uma “emoção disfuncional”, seja na ansiedade ou em qualquer outro estado emocional, se manifesta através de um desconforto e “mal-estar” provocado pela falta de sintonia entre a mente e o corpo. Nessas condições, o que você sente está, em algum nível, fora de contexto, com intensidade e duração desproporcionais. O primeiro passo para dominar, e não controlar, suas emoções, é buscar sua autoconsciência emocional. A partir da observação dos seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, traga à consciência o que é importante para você no momento. Talvez, necessidades como autonomia, respeito, reconhecimento, segurança, confiança ou muitas outras, de alguma forma, não estejam sendo atendidas.
Assim como o medo, a raiva, a alegria, a tristeza, a surpresa e todas as infinitas emoções que podemos sentir, a ansiedade tem a função de assegurar seu bem-estar, como te mover para uma rápida decisão numa situação inesperada. “Bem-estar” pode ser traduzido como “estou onde eu quero estar” e, para encontrar esse “bem-estar”, a autoempatia é fundamental. Assim, estereotipar uma emoção como ruim, ou boa, e uma questão de saúde mental, a exemplo da ansiedade como algo a superar e controlar, só reforça a ideia de ameaça, fortalece a resistência à ela e amplifica o “mal-estar”, uma vez que a sua atenção se volta para o que você “não quer”, no caso a ansiedade, ao invés daquilo que “você quer” . É como pensar em ter filhos e começar a ver mulheres grávidas por onde você passa!
Identificar, reconhecer e aceitar as causas e os gatilhos da sua “ansiedade disfuncional” faz parte do processo de autoconhecimento e, sem dúvida, o caminho para transformá-la em “ansiedade funcional”. Olhe para dentro e se conecte aos seus pensamentos, sentimentos, necessidades e comportamentos que, ao compreendê-los, você certamente tomará decisões muito mais assertivas na vida. Afinal, o antídoto para o veneno da cobra está no próprio veneno!
“Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.”
C.G.Jung