Na psicologia analítica de Carl Gustav Jung o “Ego” faz parte da estrutura da psique e tem o importante papel de gestor da consciência. Através do Ego nos adaptamos às várias “realidades”, internas e externas. O Ego, portanto, tem um papel fundamental para nosso processo de desenvolvimento e evolução. O cuidado é atentar para que o Ego não se “infle” por nos identificarmos demasiadamente com papeis sustentados pela “autoimagem ideal” e pelas nossas “Personas” ou “Máscaras Sociais”, fundamentais para nosso processo de adaptação. Nossa natureza, ou totalidade, o “Self”, segundo a Psicologia Analítica de Jung, é composto daquilo que queremos e acreditamos “ser”, do que herdamos de forma ancestral, os “Arquétipos”, como a ideia de pai, mãe, herói e divindade, por exemplo, e de tudo mais que não “orna” com a autoimagem desejada e personas, que repudiamos e rejeitamos em nós mesmos, a “Sombra”. O processo analítico requer coragem – de “agir com o coração” – e abertura, para que, ao ampliarmos nossa autoconsciência, possamos reconhecer e dominar nossos aspectos inconscientes que mais abominamos, e reprimimos, em nós mesmos e, também, nos surpreender com as potencialidades que não acreditamos fazerem parte da nossa natureza. Pensamentos do tipo “Onde eu estava com a cabeça?” ou “Nem parecia que era eu!”, por exemplo, começam a se tornar menos frequentes e o livre arbítrio se amplia para caminharmos virtuosamente rumo a autorrealização. O “Vigiai e Orai” é fundamental no processo de autoconhecimento!
QUEM SOMOS NÓS?
Assim como Sigmund Freud e outros conterrâneos estudiosos da psique (psique = alma) humana, Carl Gustav Jung, em sua instigante investigação das profundezas do inconsciente,